Resenha | Lady Bird (2017)


Todo mundo tem pelo menos um par de histórias estranhas e interessantes sobre seu último ano de ensino médio. Aqueles laços que deixam as pessoas falando quando entram pela faculdade e, em última instância, podem levar a uma dissecção ainda mais profunda nos últimos anos da vida de uma pessoa.

Mas no momento que essas histórias estão sendo escritas, sentimos que são as experiências mais profundas e mais importantes que enfrentaremos em toda a nossa vida. É esse tipo de pensamento que o Lady Bird de Greta Gerwig está centrado, e é tão autêntico e afetador como qualquer uma dessas histórias poderia ser.

- A Vida - 




No precipício da idade adulta, Christine "Lady Bird" McPherson (Saoirse Ronan) faz o que qualquer adolescente faria: ela vive por suas emoções, está constantemente procurando por pessoas legais para serem amigos e tende a se apaixonar rapidamente. Enquanto isso, ela trava lutas com sua mãe (Laurie Metcalf), já que sua vida na Califórnia tem seu anseio de ir a uma faculdade sofisticada na Costa Leste. Uma história contada ao longo de seu último ano de ensino médio, Lady Bird trata-se de tentar voar e os erros cometidos durante cada tentativa.

- Relembre 2002 -



O filme transporta seu espectador para 2002. Sua ideia é criar um filme memória, que certamente despertará lembranças nas pessoas que tiveram seus anos de juventude na década passada, em um efeito bem semelhante a Boyhood. A grande diferença é que testemunhamos boa parte do ano de Lady Bird, compreendendo suas frustrações seja no campo pessoal ou amoroso.

Na estética, o projeto também não deixa a desejar. Vibrante, “Lady Bird” tem as cores de um passado não tão distante. Já a direção de Greta Gerwig, que tem sido tema de discussão por ter sido excluída da nomeação do Globo de Ouro 2018 e agora também do Bafta, é íntima. Investindo no poder de planos subjetivos, vemos o mundo pelos olhos da protagonista. Seja a estranheza da figura inquisidora de Jesus Cristo na parede durante a missa, a correção à caneta de seu nome em uma lista de chamada ou as paisagens de Sacramento pela janela do carro.

- Lady Bird - 



Aos 23 anos, Saoirse Ronan está perfeita no papel da dinâmica adolescente em busca de emoção e um sentido mais amplo para vida, ou nas palavras da personagem, ir para bem longe de sua cidade natal. Quando se trata de retratar esse momento particularmente sensível na vida de uma jovem. Ela continua a cativar a tela com suas habilidades de atuação, fazendo com que ambos os momentos simpáticos e mais infantis de "Lady Bird" ganhem vida sem transformá-los em caricaturas.

- O Desejo de Ser Amada - 



Esse é um filme sobre ansiedade adolescente, mas por uma ótica extremamente feminina. Uma história sobre querer sair de casa para buscar um mundo para chamar de seu, e a rebeldia “sem causa” que facilita essa transição. Sentir raiva da mãe é mais fácil do que lidar com a culpa de deixá-la.

Lady Bird é agradável, com um coração sincero. Uma experiência de ligação para os melhores amigos, bem como para as mães e as filhas, que possam realmente desfrutar da vida.




- Avaliação do Mário Vianna -




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Resenha | Lady Bird (2017) Resenha | Lady Bird (2017) Reviewed by Mario Vianna on 21:04 Rating: 5

Sobre o Mario: Pseudo-escritor, cronista e blogueiro, devorador de pizzas e sushis, sommelier de cervejas mas acaba escolhendo sempre a mais barata. Apaixonado por cinema, Alice e Tarantino mais queria mesmo é ser Woody Allen. Facebook | Twitter

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