Resenha | Thor: Ragnarok (2017)


Nos primeiros trailers de Thor: Ragnarok, tivemos a sensação de que finamente a Marvel estaria acertando em cheio o filme do herói Asgardiano.
Não há fã de quadrinhos que não tenha ficado empolgado com a briga de Thor com o Hulk bem semelhante com Planeta Hulk, sucesso em 2006. Conforme novos detalhes iam surgindo, como a aparição de Hela e a destruição do Mjolnir. Após assistir ao longa posso afirmar: o trailer fez muito bem o seu papel de chamar a atenção.

- Thor e Chris Hemsworth -


Os dois primeiros filmes do herói, Thor (2011) e Thor: Mundo Sombrio (2013) não foram tão fieis ao que os quadrinhos da Marvel nos apresenta, porém foram o suficiente para inserir o personagem na patota dos Vingadores. Tudo que englobava a mitologia Nórdica, os poderes de Odin e os perigos e peripécias de Loki estavam lá.  O Thor das HQs, a sua postura de um deus e as falas de efeito foi deixado de lado. Não é uma escolha ruim, mas diminuiu o potencial que o personagem poderia ter.
Chris Hemsworth me parece ter gostado de ser engraçado no reboot de Caça-Fantasmas. O ator é mais comediante do que astro de filme de ação da altura de Marvel, o que estranhamente cai como uma luva na trama. Quem lê os quadrinhos do herói sabe que tudo ao redor de Thor é melancólico e se a Marvel não leva o personagem a sério quem levara?
Não estou reclamando dos filmes da Marvel serem mais “alegres”, Guardiões da Galáxia faz isso com maestria e se destaca justamente pela comédia praticamente perfeita. Mas em Ragnarok perderam o freio.

- O Não Tão Incrível Hulk -


O visual de Hulk é um detalhe muito interessante, percebemos que o personagem é Mark Rufallo verde e gigante, tamanha semelhança com o ator. Ele ficou mais natural com essas mudanças, mas perdeu um pouco de sua aparência violenta. O personagem parece agora aquele amigo gigantão da escola que é desajeitado e esbarra em tudo. O personagem tem grande importância na história e no ritmo do filme. Porém, ao entrar no universo do Thor perde totalmente sua agressividade e se torna apenas mais um personagem engraçado. É um exagero tremendo e desnecessário. Novamente não é totalmente ruim, mas tinha um potencial tão grande ter Hulk no universo de Thor, que ele fica meio de escanteio e isso decepciona. Ao menos a batalha previamente mostrada nos trailers entre dois heróis é muito boa, ao ponto de ser memorável.

- Cate Blanchett - A Deusa Da Morte -


Os personagens de Thor Ragnarok fazem bonito. O destaque é a vilão Hela, interpretado pela sensacional Cate Blanchett que caiu como uma luva para o papel. A atriz está soberba, linda, cheia de postura e domina a cena sempre que aparece. Sabe o que acaba estragando as vezes em suas falas? As piadas. Até Hela pega o microfone do stand up e vez ou outra solta uma piadinha infame. Mesmo assim, a deusa da Morte mostra que realmente é perigosa e não tem como não ficar impressionado com seu poder.


- As Novas Caras -


Temos outros personagens bem legais, desde a participação de Doutor Estranho até o sempre impecável Antony Hopkins. Tessa Thompson também tem um papel importante no filme, e ela carrega fácil a responsabilidade nas costas. Tom Hiddleston sempre muito bem de Loki retorna ao papel, mesmo que toda vez a Marvel tente fazer dele um sidekick do Thor. O personagem é muito mais importante que isso e já se foram 3 filmes e nada dele realmente incarnar a malevolência. Definitivamente Loki não ser tão legal quanto poderia não é culpa do ator, é da direção que a produção dos filmes vem dando às histórias dos asgardianos.

- A Trilha de Uma Música Só -


As cenas mais “intensas” de luta se resumem a uma música Immigrant Song do Led Zeplin. Claro que a música já empolga por si só.

- Thor Não é Levado a Sério -


Thor Ragnarok trata de um momento extremamente delicado na história do filho de Odin e ainda assim não há drama e profundidade. É mais um filme do Thor, que assim como os dois primeiros, fica abaixo de toda a expectativa e dos demais longas produzidos pela Marvel.
Mas não me entenda errado, Thor Ragnarok não é um filme ruim. Ele só não está à altura da expectativa que criou e das demais obras do universo que o rodeia. Se a Marvel não leva o personagem a sério, quem vai levar?




- Avaliação do Mário Vianna -


- Ficha Técnica -


Thor: Ragnarok, 2017 - Estados Unidos
Direção: Taika Watiti
Roteiro: Eric Pearson, Craig Kyle & Christopher Yost
Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett, Tessa Thompson, Idris Elba, Jeff Goldblum, Karl Urban, Mark Ruffalo, Anthony Hopkins, Benedict Cumberbatch & Taika Watiti
Fotografia: Javier Aguirresarobe
Trilha Sonora: Mark Mothersbaugh
Montagem/Edição: Zene Baker & Joel Negron
Direção de Arte: Dan Hennah & Ra Vincent

Não deixe de nos seguir nas redes sociais:
Manguaça Nerd no FacebookManguaça no TwitterManguaça Nerd no Google +Manguaça Nerd no YouTubeManguaça Nerd no Instagram


Resenha | Thor: Ragnarok (2017) Resenha | Thor: Ragnarok (2017) Reviewed by Mario Vianna on 13:56 Rating: 5

Sobre o Mario: Pseudo-escritor, cronista e blogueiro, devorador de pizzas e sushis, sommelier de cervejas mas acaba escolhendo sempre a mais barata. Apaixonado por cinema, Alice e Tarantino mais queria mesmo é ser Woody Allen. Facebook | Twitter

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.