Resenha | Vingadores: Guerra Infinita (2018)


Marvel Studios comemora seus 10 anos de universo cinematográfico com o lançamento de Vingadores: Guerra Infinita. Nesses 10 anos, são 18 obras amarradas de forma sagaz, lidando com todo universo e mitologia do mundo dos quadrinhos. Tudo criado até hoje leva ao que é contado em Guerra Infinita.

O terceiro capítulo da franquia acompanhamos a história de Thanos, o Titan Louco e sua busca pelas joias do infinito. Vale lembrar que as mesmas foram apresentadas ao público durante esses dez anos.

- Aonde estão os Vingadores? –


A trama se passa após os acontecimentos de Pantera Negra Capitão América e Homem de Ferro ainda não falam desde o que ocorreu em Guerra Civil. Mesmo assim o “CAP” montou um grupo separado com o intuito de ajudar as pessoas, sem responder a ninguém. Nele vemos Falcão e Viúva Negra. Homem – Aranha continua na vizinhança sempre na bota de Tony Stark e Pantera Negra em Wakanda, junto com Soldado Invernal.

No espaço, Guardiões da Galáxia estão atendendo a pedidos de socorro pelo universo e, por fim, Thor está com Loki e Hulk após o Ragnarok. Uma das coisas mais interessantes que esse filme faz é a junção de todas essas esferas. Esse talvez tenha sido um dos pontos mais preocupantes antes de ver o filme, mas o fazem com maestria.

- Os irmãos Russo –


A melhor escolha para dirigir essa produção na minha opnião sempre foi dos irmaõs Russo (Anthony e Joe Russo), os os diretores comandaram Capitão América: Soldado Invernal e Capitão América: Guerra Civil. A dupla enfrentou um desafio quase impossível, mas a produção mostrou que eles não apenas podem, como também dão conta do recado. A interação entre os personagens é um dos pontos altos, e por analogia, demonstra a habilidade de ambos para dirigir.  É nítido em cada entrevista o quanto eles amam o que fazem e o quanto entendem de quadrinhos, algo que reflete no que é mostrado na tela grande.

- A Guerra Infinita –


 É incrível como todo herói e vilão tem suas cenas minuciosamente pensadas e perpetradas, respeitando sempre a essência e acrescendo habilidades em alguns deles.
Tudo aqui é bem planejado e não há nada por acaso. Os destaques no lado dos Vingadores são, sem dúvida, Homem de FerroHomem AranhaThor e Feiticeira Escarlate. Da mesma forma, no lado dos antagonistas temos Thanos e Fauce de Ébano (os filhos do vilão ). Os fãs podem ficar aliviados, pois Guerra Infinita tem a melhor ação dos filmes da Marvel até então.

A fotografia do filme está sensacional, No espaço, nos sentimos em Guardiões da Galáxia e em Thor. Na Terra, há uma mescla entre Guerra Civil e Pantera Negra, contrastando as cores cinzentas com a saturação esverdeada de Wakanda (WAKANDA FOREVER!) Essa mistura situa o espectador em cada local da história, tornando-se um dos inúmeros pontos positivos do filme.

- Deixou a desejar –


Mas nem tudo são flores. O roteiro pode muitas vezes parecer cansativo, contando muitos arcos que poderiam ser menores, passando a clara impressão de que estamos apenas assistindo a primeira parte de uma grande história. Esse ponto em particular torna o longa muito difícil de ser analisado.

- Habemus Thanos –


Nenhum dos Vingadores conseguem roubar o protagonismo de Thanos. Esse filme é inteiramente sobre a sua jornada, suas motivações, sua origem e sua relação problemática com suas filhas. O espirito de toda trama e tudo que foi feito até agora na Marvel gira em torno de Thanos, e essa ideia funciona perfeitamente. Josh Brolin faz uma excelente performance; visceral e emocional. 

 Vingadores: Guerra Infinita é angustiante e brilhante; assustador e divertido; dramático e cômico. O estúdio criou uma aventura sombria e emocional, que com a mesma facilidade que faz os olhos brilharem de alegria, também os faz lacrimejar. Agora, esse universo se prepara para uma conclusão épica e, também, um recomeço. O filme chegou para quebrar os corações e deixar queixos no chão. Thanos finalmente chegou e chegou para dar muito tapas na orelha.


AVALIAÇÃO  DO MANGUAÇA (Mario Vianna):

Resenha | Vingadores: Guerra Infinita (2018) Resenha | Vingadores: Guerra Infinita (2018) Reviewed by Mario Vianna on 18:00 Rating: 5

Sobre o Mario: Pseudo-escritor, cronista e blogueiro, devorador de pizzas e sushis, sommelier de cervejas mas acaba escolhendo sempre a mais barata. Apaixonado por cinema, Alice e Tarantino mais queria mesmo é ser Woody Allen. Facebook | Twitter

Um comentário:

  1. Este filme foi fabuloso! Acertadamente Thanos (Josh Brolin, do óptimo Filme Homens De Coragem ) é a grande estrela desse filme, tanto que é alardeado de que ele que retornará, não os Vingadores. Ao lado de Killmonger, que sem dúvidas ele é o melhor vilão da Marvel. Thanos é extremamente bem construído e muito bem feito em CGI, suas motivações fazem sentido e trazem um inesperável carisma e humanidade ao vilão. Acreditamos que o que ele faz não é bom, mas é necessário para ELE e entendemos o porquê. Claro que não significa que ficaremos ao lado dele. Não. Ele é um porco genocida e egocêntrico que sai pelo Universo exterminando metade da população dos planetas sendo uma espécie de Deus em uma missão digna, mas é uma ideia de equilíbrio que, de uma maneira ou outra (descontada a sede pelo poder), acaba se tornando compreensível ao conseguirmos identificar perfeitamente a sua motivação traçando um paralelo com o mundo real. Principalmente se formos comparar com os dois filmes que serviram de prelúdio a este, Thor: Ragnarok e Pantera Negra, que introduziram certas ideias de moral torta.

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