Resenha | Justice League (Liga da Justiça - 2017)


Com o mundo ainda de luto com a morte do Superman, o conquistador de Apocalipse, Lobo da Estepe, surge para invadir a Terra e buscar os artefatos alienígenas conhecidos com as Caixas Maternas para ajudar a concretizar seus planos. Batman e Mulher Maravilha entram em ação com seu plano de recrutar outros indivíduos superdotados em uma equipe para enfrentar a ameaça alienígena.
Apesar de sua trama simples, ela sofre problemas de ritmo e narrativa. A decisão por um corte final de 120 minutos, visando um filme mais objetivo e dinâmico, não é das piores, mas não há como negar que 10 ou 15 minutos a mais fariam bem a ele, ajudando a respirar e talvez até preenchendo lacunas em sua narrativa frequentemente inconsistente (ainda que nada no nível de Batman vs Superman).

- O Vilão -


O Lobo da Estepe é um vilão um absolutamente genérico, sem muita presença, nenhuma nuance e feito em computação gráfica pouco convincente. Mas no geral, ele é como os vilões mais fracos nos filmes da Marvel: desinteressante, mas não fere muito o filme.

- A Liga-


No entanto, a verdadeira força está nos heróis. Fãs de Barry Allen (Ezra Miller) podem se incomodar com o uso do Flash como o alívio cômico da equipe, mas essa caracterização se encaixa bem dentro do contexto do filme, graças ao carisma de Miller, especialmente como personagem mais identificável e de bom coração. O mesmo vale para o Aquaman de Jason Momoa, diferente de sua inidentidade clássica, mas faz sentido como o grandalhão antissocial do grupo. Ray Fisher se sai surpreendentemente bem como o Ciborgue, atormentado por sua condição biônica, e a proclamação de uma certa frase de efeito no final dá esperanças de vermos muitas outras facetas do personagem no futuro. Gal Gadot já era a figura com mais moral no elenco, após o sucesso de seu filme solo, e mantém o mesmo bom trabalho como Mulher Maravilha.
Já o Batman de Ben Affleck é um caso interessante. Ele é soturno, sim, mas entusiasmado, altruísta e fazendo um nítido esforço para não ser um tremendo babaca (na maior parte do tempo). Nem parece o mesmo sujeito que, um filme atrás, marcava criminosos como gado para que fossem mortos na prisão.

- O Homem de Aço Ressurge -


Mas o grande destaque é a, mesmo que limitada, participação de Henry Cavill. Finalmente temos o Superman, maior herói de todos, sorridente e de carisma infeccioso que merecemos e que mal posso esperar para ver em mais filmes. E não se trata de nenhum arco ao longo de três filmes. Desde a primeira cena, o filme estabelece como fato que ele sempre foi o grande escoteiro azul que conhecemos. Coerência à parte, não estou reclamando.

- Climax e Veredito-


O clímax do filme é pouco impressionante em termos de ação e suspense, mas compensa justamente pela caracterização dos personagens, enfim fazendo jus às suas presenças míticas na cultura pop. Agora sim, um close da trindade fazendo pose foi conquistado e tem seu devido impacto.
Não é o grande filme que esperávamos para a primeira aparição cinematográfica da Liga, e também não traz nada de particularmente novo ao gênero de super-heróis, mas para uma produção tão conturbada, é um pequeno milagre o saldo positivo .

E quando o filme encerra com uma declaração de amor ao heroísmo e esperança (dessa vez, realmente sinceras) e com duas cenas pós-créditos que vão aquecer o coração dos fãs, o futuro do DCEU, enfim, parece muito animador. A Era de Heróis está de volta.




- Avaliação do Mário Vianna -


- bom-


- Ficha Técnica -

·             País: EUA
·      Classificação: 12 anos
·      Estreia: 16 de Novembro de 2017
·       Duração: 120 min.
·       Direção: Zack Snyder
·       Roteiro: Chris Terrio , Joss Whedon
·       Elenco: Gal Gadot , Jason Momoa , Henry Cavill , Ben Affleck , Amy Adams , Ray Fisher  

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Resenha | Justice League (Liga da Justiça - 2017) Resenha | Justice League (Liga da Justiça - 2017) Reviewed by Mario Vianna on 18:13 Rating: 5

Sobre o Mario: Pseudo-escritor, cronista e blogueiro, devorador de pizzas e sushis, sommelier de cervejas mas acaba escolhendo sempre a mais barata. Apaixonado por cinema, Alice e Tarantino mais queria mesmo é ser Woody Allen. Facebook | Twitter

Um comentário:

  1. É uma produção espetacular. Meu personagem favorito é Mulher Maravilha, acho que seu filme foi o melhor de todos! É algo muito diferente ao que estávamos acostumados a ver. Foi uma surpresa pra mim, já que foi uma historia muito criativa que usou elementos innovadores e um elenco super bom. É uma história sobre sacrifício, empoderamento feminino e um sutil lembrete para nós, humanos, do que somos capazes de fazer uns com os outros. É um dos melhores filmes da DC gostaría que vocês vissem pelos os seus próprios olhos, se ainda não viram, deveriam e se já viram, revivam a emoção que sentiram. Eu gosto da forma em que ela esta contada, faz a historia muito mais interessante. Gal Gadot é ótima porque mostrou com perfeição a jornada de uma deusa, uma guerreira e uma mulher. Ela e Chris Pine são uma mistura perfeita. Eu recomendo!

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