Adaptar uma grande obra da literatura para o cinema não é fácil. O processo costuma ter duas dificuldades principais: conseguir manter a essência da leitura enquanto entrega a visão da obra original e se manter sem depender do material original.
Quando um filme consegue superar essas duas dificuldades, é preciso reconhecer seu mérito. It: A Coisa e um desses filmes, apesar de se tratar de um remake do original de 1990.
- O Clube dos Perdedores –
Adaptado do livro homônimo do mestre do terror literário Stephen
King, o longa conta a história de 7 amigos auto intitulados “Losers Club”. A
criançada é assombrada por uma estranha entidade que a cada 27 anos aterroriza a
cidade de Derry.
Tudo começa com o sumiço de Georgie, irmão caçula do líder da patota, Bill (Jaeden Lieberher). O clubinho é ainda formado por Richie (Finn Wolfhard, de “Stranger Things”), Eddie (Jack Dylan Grazerm), Beverly (Sophia Lillis), Ben (Jeremy Ray Taylor), Stanley (Wyatt Oleff) e Mike (Chosen Jacobs). Cada um deles tem suas características, suas histórias e seus medos, o mesmo medo que alimenta a “coisa”.
Tudo começa com o sumiço de Georgie, irmão caçula do líder da patota, Bill (Jaeden Lieberher). O clubinho é ainda formado por Richie (Finn Wolfhard, de “Stranger Things”), Eddie (Jack Dylan Grazerm), Beverly (Sophia Lillis), Ben (Jeremy Ray Taylor), Stanley (Wyatt Oleff) e Mike (Chosen Jacobs). Cada um deles tem suas características, suas histórias e seus medos, o mesmo medo que alimenta a “coisa”.
A garotada tem um carisma inconfundível e
necessário para fazer com que você se importe com cada um. É impossível não
pular da cadeira e torcer por eles quando as situações terríveis acontecem.
Meu destaque fica com Beverly Marsh
(Sophia Lillis). A jovem tem as cenas mais pesadas de todas e nos entrega toda
a carga de desespero em cada uma delas.
- Ah, anos 80 –
A ambientação do filme é maravilhosa para você que viveu nos anos 80 (que não é meu caso). Temos muita música da época e diversas referências culturais. Detalhes da história original, visando o público de uma época mais próxima que com certeza, só possui uma minoria entre suas fileiras que se interessaria pela reconstituição da época que King promovia, com suas muitas referências a programas de televisão, estrelas de rádio, atores de cinema e rock and roll cinquentista.- O Diretor –
O diretor Andy Muschietti consegue entregar um filme
consistente ao gênero de terror e ser engraçado ao mesmo tempo. A opção de
focar nos personagens ainda crianças (ao contrário do primeiro longa em 1990),
permitiu que a história desenvolvesse cada uma delas. Ao longo das duas horas
de filme, conhecemos um a um, desde suas características até seus medos.
- O Palhaço Dançarino –
Falando em medo, ele tem nome: Pennywise, O Palhaço Dançarino
(Bill Skarsgård). Diferentemente de seu antecessor
interpretado por Tim Curry em 1990, o palhaço de Bill é totalmente insano. Claro
que devido a evolução tecnológica o CGI está bem presente nas cenas, o que não
tira o mérito de interpretação do jovem Skarsgård. As cenas em que ele
aparece são brutais e repletas de sangue.
- O Filme -
O longa não abusa de sustinhos fáceis,
pois o foco é o desenvolvimento das crianças em meio a temas como o racismo,
pedofilia, violência doméstica e bullying. Apesar de ambas as versões serem
apenas adaptações do livros, não a consenso sobre qual é o mais fiel. Existem
alguns deslizes, mas são pontuais e não tiram o mérito do filme. O longa não
inova no gênero mas entrega uma ótima experiência. Nos mostra um novo Pennywise
e hilariantes alívios cômicos, além disso as cenas de terror são excelentes. Destaque
para a cena do retroprojetor. QUE CENA. Resumidamente é um
terror construído a partir do drama. Trata-se de como podemos ser refém do medo
e de como podemos derrota-los com ajuda de nossos amigos.
- Nível do Cagaço -
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Resenha | It: A Coisa (It - 2017)
Reviewed by Mario Vianna
on
16:30
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