" Invencível " é o segundo filme dirigido por Angelina Jolie e homenageia um dos maiores esportistas norte-americanos do século XX. Louis Zamperini. Um prisioneiro de guerra da Segunda Guerra Mundial, orador e atleta olímpico. Baseado no livro Unbroken: A World War II Story of Survival, de Laura Hillenbrand, lançado em 2010, o longa estrelado por Jack O’Connell.
O filme narra a
jornada de resistência de Louis
Zamperini. Medalhista olímpico, o filho de italianos que passou 47 dias à deriva
depois que seu avião caiu no Pacífico em uma missão na Segunda
Guerra. O resgate chegou, mas pelas mãos do inimigo, e ele passou o
restante do conflito em uma prisão militar japonesa.
São
137 minutos dedicados à invencibilidade do seu protagonista e nada
mais. Falta entender o que o fazia seguir em frente.
A
vida de Louie (Jack O’Connell) como atleta nos é mostrada por meio de flashbacks, um
ponto em que o filme pecou, em minha opinião. O recurso poderia ter
sido melhor trabalhado, mas, ao invés disso, ele perde a sua
continuidade durante o filme, sendo usado apenas no início, para nos
introduzir à história de vida do personagem. Fiquei com a sensação de que
pararam uma parte da história na metade, como se tivessem
simplesmente cortado os flashbacks do nada.
Jack O'Connell faz o que pode, mas seu personagem segue sem desenvolvimento emocional, não importam as provações por que passa. Talvez fosse esse o seu segredo para sobreviver, mas acompanhar essa história no cinema, quase sem respiros de redenção e recompensa, é uma tarefa que aos poucos se torna cansativa. É um tratamento possivelmente mais realista, mas que não corresponde à aura inspiradora que o filme tenta vender.
Os colegas de Zamperini, Phil (Domhnall Gleeson), o companheiro de naufágio, e Fitzgerald (Garrett Hedlund), o companheiro de cativeiro, são desperdiçados como meros interlocutores, em diálogos que não criam a intimidade que poderia aproximar herói e público. A parte mais interessante do filme acaba sendo quando Zamperini é preso no campo de concentração Japonês Omori , lutando contra um comandante japonês bem cruel, o oficial japonês Watanabe (Ishihara Takamasa), que poderia ser explorado como o oposto de Zamperini, mas a relação dos dois se resume a conversas empoladas. Falta sensibilidade, sobra uma sensação de reverência vazia. A esperança passa a ser uma ilusão
Resenha | Invencível ( Unbroken - 2014 )
Reviewed by Mario Vianna
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21:00
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