Resenha | 007 Contra Spectre

A "trilogia" de Sam Mendes prova que o agente da MI6 ainda tem muito, mas muita lenha pra queimar, mas...

...a sensação que fiquei foi a de que já deu pro Daniel Craig. Com uma cena inicial que chega a ser tão bacana quanto a cena inicial de Cassino Royale, o filme segue por uma linha que reflete na atuação sem inspiração do seu ator principal.

Partindo de onde Skyfall parou, Bond está de "férias" e na Cidade do México, durante as festividades do Dia dos Mortos, o agente interrompe sua folga impedindo o que seria uma ataque terrorista. Mas além disso, busca informações sobre os acontecimentos que repercutem até o momento na sua vida e na sua agência (sem spoilers de Skyfall...vejam!).

Retornando as atividades oficiais, acaba suspenso pelo novo M (Ralph Fiennes) e de certa forma, "livre" para seguir com sua investigação que o leva a revelações e mais revelações sobre seu passado recente. Após receber ordens da falecida M (Judi Dench), Bond descobre a existência de uma organização chamada Spectre.

À partir daí, o filme segue a regra básica e "feijão com arroz" dos filmes do agente. Bond segue seu caminho já conhecido: conhece uma linda mulher (Monica Bellucci), a seduz e consegue as informações que precisa. Recruta alguns aliados, nesse caso, Moneypenny (Naomie Harris) e Q (Ben Whishaw), e conhece um novo interesse amoroso, nesse caso a médica Madeleine Swann (Léa Seydoux) que claro, vai ajuda-lo no meio do caminho.

E mesmo com um velho novo vilão, chamado Franz Oberhauser (Christoph Waltz), os velhos traumas de Bond ainda o assombram. E mesmo com uma previsível conclusão, Spectre diverte por todas as referências aos clássicos filmes. Infelizmente nada mais do que isso.

Nem mesmo a presença de Waltz como um clássico velho da franquia empolga mais do que o normal. A verdade, é que me incomoda muito a mudança de atuação de Craig. Depois de uma verdadeira montanha-russa de sentimentos e uma atuação firme e convicta, fica claro a ligada de "piloto automático" na interpretação de 007.

De fato, talvez seja a hora de uma mudança. Tanto no ator que interpreta Bond quanto na direção. Essa volta as origens foi a melhor coisa feita na série desde sua criação, mas a mão de Sam Mendes parece que se perder em meio a falta de ousadia e coragem, que lhe sobrou em Skyfall.

Por se tornar um filme comum, qualquer filme de James Bond acaba desapontando, mas Spectre é em geral, um bom filme. Mantém o ritmo desse Bond do século XXI, mas sem esquecer de onde veio. E isso é muito bom. Resta agora aos produtores a coragem necessária para ousar..não só em uma história que tenha a consistência um Cassino Royale, mas a ousadia de um Skyfall.

Afinal de contas, até mesmo 007 precisa de algo mais que só uma licença para matar.

Avaliação do Manguaça (Leitão):

Trailer:

Ficha Técnica:
007 Contra Spectre (Spectre) - 2015 - 148 min. - Reino Unido - Ação
Direção: Sam Mendes
Roteiro: John Logan, Neal Purvis, Robert Wade, Jez Butterworth
Elenco: Daniel Craig, Christoph Waltz, Léa Seydoux, Ben Whishaw, Naomie Harris, Dave Bautista, Monica Bellucci, Ralph Fiennes
Site Oficial: http://www.007.com/spectre/?lang=pt-br



Resenha | 007 Contra Spectre Resenha | 007 Contra Spectre Reviewed by Sérgio Leitão on 20:04 Rating: 5

Sobre o Sérgio: Made in Fortaleza perdido em SP since 95. Pai do Matheus e do blog Desventuras de um Alter Ego. Quase músico, quase escritor, quase tudo, quase nada. Facebook | Twitter

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