Olha me atrevo a dizer, sem qualquer sombra de dúvida, que sim. Sim, temos muita coisa boa no catalogo da Netflix. Mas Stranger Things é um evento único, raro e de incrível qualidade que merece sim todo o hype que teve desde sua "estréia" no serviço de streaming mais famoso.
Em meio a uma fase, onde ao que parece, a cultura pop sofre de uma carência absurda de boas ideias, ou pelo menos ideias originais, nada como uma série que trás uma leva de homenagens mais do que escancaradas a uma das melhores décadas que foi o anos 80. A questão aqui é como isso é feito...e não poderia existir melhor exemplo de como usar bem o conjunto de referências e homenagens que essa década merece.
Todos nós que gostamos de cinema conhecemos o trabalho de caras como John Carpenter, Steven Spilberg e Stephen King com seus clássicos e sua influência criativa que percorrem os anos. Filmes como ET, Os Gonnies, O Iluminado, Poltergeist, Alien, Conta Comigo...a lista é tão extensa que em alguns momentos fiquei até meio que perdido (no bom sentido) em meio a tanta empolgação.
A criação dos irmãos Matt e Ross Duffer, comprova que quando a nostalgia é aliada a uma boa dose de qualidade, o resultado é incrível! A série não disfarça em nenhum momento a sua declaração de amor ao que foi e o que representa os anos 80. E esse ainda não é o maior e melhor trunfo da série!
Vamos falar sobre o enredo...
A história se passa no ano de 1983, onde somos apresentados a fictícia cidade de Hawkins, Indiana e ao grupo de amigos que vai ser o fio condutor da história. Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten Matarazzo), Lucas (Caleb McLaughlin) e Will (Noah Schnapp) são aquele grupo de amigos inseparáveis e que estão vivendo suas desventuras daquela fase pré pré-adolescência.
Jogando RPG, andando de bicicleta e se divertindo como crianças normais se divertem. Mas o desaparecimento de Will, muda não só a rotina do grupo, mas como de certa forma irá afetar toda a cidade. À partir desse evento, a série vai acompanhar duas linhas de investigação sobre o sumiço de Will.
O agora trio, vai atrás de rastros e vestígios que indiquem o paradeiro do amigo que sumiu sem deixar nenhum rastro. E somos apresentados aos adultos da história, que à partir do aviso da mãe de Will, Joyce (Winona Ryder) ao chefe de polícia da cidade, o delegado Jim Hopper (David Harbour) dá início a busca em larga escala, que mobiliza a pequena cidade.
Afinal de contas, onde está Will Byers?
Joyce, em sua investigação particular, começa a perceber que algo de diferente está envolvido no sumiço de seu filho. Assim como o delegado Hopper, que descobre coisas além de sua jurisdição. Durante esse processo, as linhas de investigações do grupo de crianças e dos adultos acaba se cruzando eventualmente, criando até mesmo um terceiro grupo, ou dupla, formada pela irmã de Mike, Nancy (Natalia Dyer) e o irmão de Will, Jonathan (Charlie Heaton) dos quais não falarei os detalhes para não estragar nada da surpresa.
Entre as visões mais fantasiosas (ou realistas?) dos garotos, o sumiço do amigo ainda ganha um elemento mais intrigante para a história. Em uma das buscas pelo amigo, eles encontram uma garota que apenas se nomeia como Eleven/Onze (Millie Bobby Brown) e que eles apostam que tem algum envolvimento no desaparecimento de Will.
Mas como provar isso? Como extrair informações dela? Quem é essa garota misteriosa? Ela tem algo a ver de fato com o sumiço do amigo deles?
Todas essas perguntas tem suas respostas, apresentadas de uma maneira muito peculiar e em uma narrativa que não cansa em nenhum momento e que constroem os maravilhosos 08 episódios dessa série que se tornou, com todos os méritos sucesso não só de crítica, mas de público.
É preciso registrar também que nada disso daria certo se o elenco não fosse primoroso. Mas é preciso destacar dois pontos: as atuações de Winona Ryder e Millie Bobby Brown. Entre a mãe esperançosa e aflita e a menina misteriosa que fala quase sempre com o olhar, o show proporcionado pela veterana atriz que se arrisca pela primeira vez na TV e a garotinha novata, que está tendo seu primeiro papel de destaque, são os pontos chaves não só para a trama, mas para o sucesso da série.
David Harbour também manda muito bem como o delegado traumatizado e humano em meio as incríveis revelações que se apresentam e o trio de amigos interpretado por Finn Wolfhard, Gaten Matarazzo e Caleb McLaughlin, também são uma grata surpresa.
A série se preocupa até mesmo com os pequenos coadjuvantes mandam bem e em algum momento, terão o seu momento na tela, como o "coadjuvante de luxo" Matthew Modine, que interpreta o misterioso Dr. Martin Brenner e os adolescentes da trama, que em meio ao clima "Clube dos Cinco", se apresentam bem quando são chamados ao foco da trama.
Bom, se você ainda não viu, faça-se esse favor e assista Stranger Things. Seja pela nostalgia que sempre irá (re)conquistar nossas mentes e corações, seja pelo roteiro bem escrito e muito bem amarrado em cada episódio.
Seja pela direção muito acertada, não só homenageando os renomados diretores citados no começo desse texto, mas servindo o espectador como muito qualidade própria em todos os episódios. Ou pelas atuações incríveis e precisas do seu elenco, Stranger Things é um grandessíssimo acerto da Netflix e que agora só deixa a ansiedade pela continuação dessa história para uma já confirmada segunda temporada.
TRAILER:
Resenha #2 | Stranger Things (1ª Temporada)
Reviewed by Sérgio Leitão
on
21:00
Rating:
Eu estava lendo isso as séries são muito interessantes por que podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, os irmãos Matt e Ross Duffer, criadores da série e diretores dos dois primeiros e dois últimos episódios da temporada, optaram por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador, que esperarava reencontrar de cara as queridas crianças. Desde que vi o elenco de Stranger Things imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, Pessoalmente eu irei ver por causo do actor Charlie Heaton, um ator muito comprometido (Acabei de ver os Filmes de Charlie Heaton para uma tarde de lazer é uma boa opção.), além disso, acho que ele é muito bonito e de bom estilo. Não posso esperar para ver a nova temporada, estou ansiosa.
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